22 julho 2009

O Que Queremos e o Que Não Queremos (por Jota)

Gente amada,

Senti de esclarecer um pouco, segundo a minha compreensão, exatamente o que é que queremos ser e fazer e, consequentemente, o que não queremos ser e fazer como uma Estação do Caminho da Graça.

O que queremos:

Queremos ser um ponto-existencial de encontro entre pessoas que voluntariamente se reúnem em torno do evangelho simples de Jesus.

Queremos facilitar encontros humanos aonde possamos orar uns pelos outros, ouvir a pregação do evangelho, crescer na consciência da graça, servir-nos mutuamente em amor, celebrarmos a Ceia do Senhor e nos alegrarmos juntos com música, dança, comida e bons papos, tudo no espírito do evangelho, com leveza e reverência.

Queremos promover a pregação e ensino do evangelho; queremos espalhar a mensagem libertadora da graça de Deus em Cristo, nos utilizando de todos os meios possíveis.

Queremos ser um sinal do Reino de Deus no mundo: vivendo e ensinando a outros a viverem pela fé, com corações pacificados, em plena confiança e gratidão; refletindo o amor de Deus e ensinando outros a serem discípulos da mesma compaixão, acolhendo com carinho a todos os pecadores sem qualquer acepção, ensinando o perdão e a graça como caminho superior; sendo uma voz de esperança em um mundo que é a cada dia mais frio, usando todo e qualquer recurso a nossa disposição afim de servirmos, de forma autêntica e prática, ao cansado, ao oprimido, ao faminto, ao enfermo e ao necessitado.

O que não queremos:

Não queremos ser a “Igreja Evangélica Caminho da Graça” - com suas doutrinas, seus usos e costumes, seus procedimentos burocráticos, seus requerimentos para membresia, suas estratégias de crescimento, seus métodos de evangelismo, suas muitas campanhas e suas inúmeras programações.

Não queremos ter paternidade de ninguém, não queremos ser um clube fechado, não queremos hierarquias baseadas em cargos e posições, e não queremos controlar ou manipular de qualquer forma a vida das pessoas.

Não queremos que a vida de alguém revolva em torno da “Estação”, e sim que o revolva em torno de Jesus. Não queremos consumir a vida das pessoas, mas queremos que todos sejam incentivados a caminharem com as próprias pernas e a tomarem suas decisões com a própria consciência em fé.

Não queremos ser uma igreja-produto a ser frequentada-consumida. Queremos preservar o sentimento de que somos apenas pessoas amigas que voluntariamente reunem-se em torno do evangelho.

Se todos se reunem voluntariamente, se caminham juntos porque querem caminhar juntos e porque gostam de se reunir, então para quê complicar? Nunca imploramos a ninguém que caminhasse conosco, de forma que os que vieram, vieram porque sentiram-se comovidos e reconheceram a verdade do evangelho.

Queremos que todos conheçam a Jesus de “primeira mão”, sem que haja necessidade de qualquer intermediário. Assim, ninguém tem obrigação qualquer, e respondem somente á Deus, a menos que tenham assumido voluntariamente alguma responsabilidade em relação ao funcionamento prático da organização. Nesse caso, terá prazer em servir, sem sentir-se debaixo de qualquer jugo.

Não queremos ser uma igreja evangélica “light” ou uma igreja evangélica com mais “amor” (leia-se: palavrinhas carinhosas, ligações, festinhas...) do que as demais. Ninguém tem a obrigação de ser amigo de ninguém. Ninguém tem a obrigação de ter intimidade com ninguém. Ou seja: ensinamos e esperamos que todos encarnem o amor compassivo de Cristo, de forma que tenham a cada pessoa com estima e afeto, pelo fato de sermos todos objetos da mesma graça. Mas olhar para todos com amor não significa que não termos afinidades específicas e círculos mais íntimos. Reconhecemos que até Jesus, muitas vezes, preferia a companhia de Pedro, Tiago e João, e que isso de modo nenhum constituía favoritismo, elistismo ou panelinha. Esperamos e encorajamos a emergência natural de relacionamentos saudáveis e profundos.

Ninguém tem desculpa para sentir-se isolado. Pegue o telefone! Lembre-se: não somos uma igreja; somos um grupo de pessoas que voluntariamente se reúnem em torno do evangelho por gostar de andar juntos. Não queremos ser um grupo religioso, queremos ser tão seculares quanto é secular o evangelho.

Quer ver como a mentalidade da igreja ainda é prevalente? Fico pensando o que é que certas pessoas fariam se não “frequentassem” lugar algum...ou seja: se, no conceito da igreja, estivessem no “mundão”, sem conexão com grupo qualquer. Iriam reclamar de quem por se sentirem meio “isolados”? Quem seria o “pastor” responsável por “bater o ponto” (normalmente pra garantir que o cliente-membro se sente satisfeito com a igreja-produto)? O que é que uma pessoa assim, normal, humana, faria se estivesse se sentindo isolada e não tivesse nenhum apoio de uma “congregação local”? Não iria pegar um telefone e ligar pra alguns amigos? Bater um papo, comer uma pizza, pegar uma telinha? Porque é que na Estação seria diferente? Recicle a mentalidade institucional e lembre-se que a Estação é nada mais do que um ponto de encontro. O resto é com a gente, com as pessoas!

Seja você, mano querido/mana querida, a diferença que quer ver no mundo (não foi o Gandhi quem disse?).



Seguiremos em frente; com muito amor, andando na fé, em absoluta gratidão, cheios de consiência, cheios de boa vontade e cheios de esperança. Sem condenação e sem qualquer imposição da Lei – antiga ou nova; contando com a transformação do ser pela renovação do entendimento.

Você está convidado(a).

Em Cristo Jesus, nosso Senhor,


Jota

06 julho 2009

Abrir Estações Não é Nosso Negócio

Desde que o Caio me desafiou a assumir este ministério itinerante de APOIO às Estações com a pregação das Boas Novas do Evangelho de Jesus, meu coração se encheu de alegria e ânimo para o trabalho, renovando um antigo sonho.


Assim, estamos nos preparando para COOPERAR e APOIAR cada mentor e todos aqueles que desejarem iniciar algo bonito, simples e profundo, conforme o espírito do Evangelho em qualquer região do Brasil.


Muitos pedidos de abertura de novas Estações têm surgido constantemente de várias partes do Brasil, das capitais ao interior. A todos os que escrevem tenho respondido, dentre outras coisas, o seguinte:


“Recebemos seu pedido de informação sobre a possibilidade de iniciar uma Estação do Caminho da Graça em sua cidade. Ficamos muito felizes pelo seu interesse em fazer esta caminhada conosco e nos colocamos à disposição para te apoiar no que for necessário.


Muitas pessoas tem feito contato querendo iniciar grupos em inúmeras cidades do Brasil e temos orientado a todos para que retomem a leitura do Novo Testamento, sem os "óculos" da religião; leitura pura e simples, lendo-ouvindo Cristo, a Palavra viva falar ao coração, e dispondo-se a segui-lo diariamente na simplicidade do Evangelho por ele vivido-ensinado.


Que também leiam o site do Pr. Caio Fábio (www.caiofabio.com) onde encontrarão exposição clara do Evangelho, sem rodeios, sem mascarações, sem os agregamentos que foram feitos pela religião no decorrer destes séculos. A Vem&Vê TV está aberta gratuitamente, 24 horas, com farto material de qualidade que enriquecerá sua vida (www.vemevetv.com.br).


Sugerimos também que leiam o blog do caminho (http://ocaminhodagraca.blogspot.com) onde encontrarão reunidos textos sobre o movimento Caminho da Graça.


Assim, é o mesmo que oriento você a fazer; se já o fez, sugiro que faça mais uma vez, e ainda outra... será uma caminhada pessoal fascinante! Crescendo para dentro, no entendimento-vivência do Evangelho! Faça isso e viva em amor para com todos à sua volta, sendo o bom perfume de Cristo em sua casa e em todos lugar!


Depois, então, reúna dois ou três para juntos compartilharem o Evangelho, para caminharem juntos em amor e graça! E continue encontrando gente pela caminhada e semeando a semente das Boas Novas; continue convidando e reunindo pessoas em torno da Palavra!


Assim o Caminho comunitário se estabelece sem oficializações.


E havendo gente se reunindo neste espírito, estou pronto a ir em sua cidade cooperar e apoiar o grupo, fortalecer, encorajar, repartir dons. Vou para conhecer as pessoas e ser animado por elas e animá-las a permanecerem firmes no Evangelho da Graça. E se este grupo quiser caminhar unido aos demais do movimento “Caminho da Graça”, assim será, com toda a leveza, seriedade e simplicidade devidas a Cristo, sem inaugurações e oficializações. Apenas a caminho!”


É esta orientação que dou a todos. Faço assim pelo simples fato de não estarmos no negócio de abrir Estações! Não nos medimos por números nem avaliamos o “sucesso” de um mentor e supervisor baseado em quantas pessoas consegue reunir e quantas Estações existem em sua região.


Nossa medida é a estatura de Cristo; este é o nosso alvo: Cristo ser formado em cada um de nós! E é exatamente isso que desejamos ver acontecer em todos aqueles que nos procuram com o desejo de iniciar novas Estações.


Precisamos redescobrir a beleza da Evangelização conforme o Evangelho, com alegria e ousadia, mas cuidarmos para que nosso coração não seja tomado pelo engano religioso que transformou a Evangelização em estratégia de crescimento da instituição.


Precisamos retomar a dedicação ao ministério de semeadores da boa semente, de abrirmos o peito com coragem e gritarmos a plenos pulmões que em Cristo Deus estava reconciliando consigo o mundo.


Nunca façamos uma corrida para abrir Estações, aproveitando a vontade daqueles que se apresentam para tal, após estarem desiludidos com a religião deles, mesmo que venham com toda boa vontade e dizendo-se conscientes do Evangelho. Antes, apoiemos estas pessoas, ajudando-as a fazerem esta caminhada interior e pessoal num relacionamento real com Cristo.


Se vierem querendo um “caminho ministerial”, indiquemos a eles o Caminho da Cruz e os abracemos para caminhar com eles até ela... da Cruz nascem corações transformados e apaixonados pelo Cristo e não pelo “ministério” do movimento Caminho da Graça. Este é apenas resultado daquele quando nascer de um coração que não tem outro caminho a fazer e que já está caminhando com Jesus em alegria e simplicidade.


Vamos caminhar pelos becos e esquinas, pregando o Evangelho; vamos cheios de amor, de compaixão e misericórdia; vamos abraçando a todos pelo caminho, sem pedras nas mãos. Vamos construir relacionamentos e edificar vidas e não prédios e instituições.


Não! Eu não tenho nenhuma "Estação" para abrir, plantar ou inaugurar. Estações não se abrem, elas apenas acontecem como resultado do andar comunitário de gente que se ama e se encontra para se estimularem ao amor e às boas obras.


O Caminho da Graça é uma pessoa, e seu nome é Jesus! Portanto, não há nada para abrir, pois ele já abriu o novo e vivo caminho da graça pelo seu sangue!


Quero apenas caminhar nessa graça sem ter que construir nada, abrir nada, inaugurar nada; apenas receber com alegria aquilo que está sendo construído em mim a cada dia, por obra da Graça de Deus e espalhar por todos os lados esta BOA NOTÍCIA desejando que Cristo seja formado em todos!

Beijo em todos vocês!

Em Cristo, nosso querido Salvador,

Adailton

Quando a Bíblia Faz Mal

Sempre que se obedece à Escritura por causa dela mesma, se está cedendo à tentação do Diabo!



Não é de estranhar, portanto, que o pai da fé, Abraão, tenha vivido pela fé na Palavra antes de haver Escritura, mostrando-nos assim, que a Palavra precede a Escritura.



A fé vem pelo ouvir-escutar-crer-render-se à Palavra.



E a pregação só é Palavra se o Espírito estiver soprando. Do contrário, é só prega-ação!



E a pregação que não é Palavra é apenas estudo bíblico, podendo gerar mais doença do que libertação.



A grande tentação é fazer a Escritura se passar por Palavra. As Escrituras se iluminam como a Palavra somente quando aquele que a busca tem como motivação o encontro com a Palavra de Deus. Ou quando o Deus da Palavra fala antes ao coração!



A Bíblia é o Livro.



A Escritura é o Texto.



A Palavra É!



“Escritura” sem Deus é apenas um texto religioso aberto à toda sorte de manipulações!



No genuíno encontro com Deus e com a Palavra, a Escritura vem depois.



Sim! A Escritura vem bem depois!



O processo começa com a testificação do Espírito — pelo testemunho da Palavra de que somos filhos de Deus (Atos 16:14; Romanos 8:14-17; 10:17).



Depois, nos aproximamos da Escritura, pela Palavra. Então, salvos da “Escritura” pela Palavra, estudamo-la buscando não o seu poder ou o seu saber, mas a “revelação” imponderável acerca da natureza e da vontade de Deus, que daquele “encontro”—entre a Escritura, a Palavra e o Espírito — pode proceder.



Para tanto, veja João 5:39-40, onde o exame das Escrituras só se atualiza como vida se acontecer em Cristo.



Um exemplo do que digo é a tentação de pular do Pináculo do Templo. Tinha uma “base bíblica”— se levarmos em conta a Escritura como sendo a Palavra. Mas o que Jesus identificou ali foi a Escritura sem a Palavra.



Um ser pré-disposto ao sucesso teria pulado do Pináculo em “obediência” à Escritura e à sua literalidade, violando, para sua própria morte, a Palavra.



Sim! Estava escrito.



Porém, não estava dito!



Ora, é em cima do que está escrito mas não está dito, que não só cometemos “suicídios”, mas também “matamos” aqueles que se fazem “discípulos” de nossa arrogância, os quais, motivados pelas nossas falsas promessas, atiram-se do Pináculo do Templo abaixo.

E é também por causa desse tipo de obediência à letra da Escritura que nós morremos.



A letra mata!



Olhamos em volta e vemos o Livro de Deus em todas as prate-Lei-ras. Vemos o povo carregando-o sob o braço e percebemos que eles são apenas “consumidores de Bíblias”.



Vemos seus lideres e os percebemos, muitas vezes, apenas como “mercadejadores” de Bíblias e dos “esquemas” e “programas” que se derivam do marketing que oferece e vende sucesso em “pacotes em nome de Jesus”.



Sim! E isso tudo não porque nos faltem Bíblias e muito menos acesso à Palavra.



O que nos falta é buscar a Deus por Deus.



O que nos falta é sermos filhos amados de Deus não porque isto nos dá status Moral sobre uma sociedade que não é mais perdida que a própria “igreja”, coletivamente falando, é claro!



O que nos falta é a alegria da salvação, sendo essa alegria apenas fruto de gratidão.



É somente na Graça que a leitura da Bíblia tem a Palavra para o coração humano. Sem a iluminação do Espírito a Bíblia é apenas o mais fascinantes de todos os best-sellers.





Caio

02 julho 2009

MICHAEL JACKSON EM EVERLAND!

Crianças amadas sem pré-condições e aceitas pelo que SÃO e não somente
pelo que FAZEM serão, com raras exceções, adultos mais seguros e com
auto-estima apropriada, mesmo que a vida lhes queira submeter depois!
Eles quase sempre possuem recursos emocionais forjados na primeira
infância para fazer frente às intempéries de existir.



Crianças que cresceram sem afeição, sem maternagem adequada, sem
aprovação de seus provedores - senão aquela que advém de desempenhos e
prodigalidades, transferências e projeções - serão, por sua vez,
adultos inseguros, em luta constante com sua própria imagem e
identidade, precisando provar-quem-são, a semelhança do que também
acontece com as crianças "mimadas".



Sim, superproteção e abandono podem gerar o mesmo efeito de
imaturidade persistente: não deixam que as pessoas cresçam!



Isso é um dogma?



Lógico que não. A alma humana é in-dogma-tizável!



Isso é a vida, meus amigos. É assim desde que foram suspensos os
encontros de fim de tarde com o Criador (1)! E para contrariar essa
“fórmula” vai ter que procurar muito, e no máximo, encontrará gente
que só tem segurança interior porque a treinou durante toda a vida,
sem se render aos medos e às "mentiras" que o superego impõe todo
tempo!



É verdade! Toda hora a gente vai à luta para tentar crer e fazer
diferente do que mandam as vozes paternas incrustadas no cerne do ser,
vozes ferozes de críticas atrozes que se amplificam muito para além do
que papai e mamãe, de fato, gritaram!



***



No que me diz respeito, a melhor notícia que eu pude receber acerca de
Deus, o Pai, é que Ele se parece com Jesus, o Filho! Ambos são um. E
hoje, por meio do maior e mais silencioso milagre que se pode
experimentar, eu sou a resposta da oração de Cristo narrada por João:
O Pai está no Filho e o Filho está em mim (2) e em mim fizeram morada
(3)!



E isso porque Deus reconciliou-se comigo (4), apesar de mim (5), e me
ama com o mesmo amor que ama o Filho (6) que Ele enviou para morrer a
minha morte, e permitir que eu viva a sua Vida durante a minha vida
(7) nesse mundo do “cão” (8)!



Mas o poder para viver nesse planeta como filho de Deus experimentam
os que crêem em Seu Nome! (João 1.12). Esse é o poder para crescer
“con-forme a Imagem de Seu Filho Jesus”, tendo o coração cada vez mais
autenticado pelo Amor, à medida que não se endurece ao ouvir sua Voz
todo dia!



Contudo, o mundo dos homens vive sem saber que “Deus os amou de tal
maneira”! E assim, vivem para conquistar amores condicionados à
performances e carismas pessoais. Como nunca é suficiente (essa é a
informação interiorizada), sempre é preciso mais e mais e mais, até a
loucura e o frenesi fincarem-se na rotina de existir procurando
agradar um "pai" invariavelmente severo e irremediavelmente
insatisfeito! - semelhante ao "deus" que a religião inventou, aliás!



***



Michael Jackson saiu de cena.



A TV repete que sua morte nos pegou "de surpresa". Mas nada era tão
sutilmente óbvio nesse conto de fadas do pop como o fato de que nós
nunca o veríamos 'velho'.



Peter Pan nunca será vovô! Ele se apavorava com a idéia de crescer!



Como agora me parece lógico que Michael Jackson não envelheceria! Ele
nem se suportaria senil... Trataria de destruir o que sobrou do rosto,
antes de ver-se enrugado!



Deus o livrou de si mesmo! Seria menino sempre... Sempre enfeitado,
maquiado, recolorido, repaginado, refém da fantasia!



Morreu antes de ser velho porque seu coração infantilizado não
suportou os efeitos da dor sedada!

Dói demais querer viver sem sentir dor!



Vítima do medo de não conseguir "chamar atenção", só ele não enxergava
o quanto inspirava e chocava todo mundo em nossa cultura, que elege
como "rei", "astro", "ídolo" e "ícone" gente da indústria do
entretenimento, que gira mais dinheiro do que todos os outros pólos de
produção humana juntos!



Que interessante! Esse planeta é uma grande brincadeira! Parece mesmo
Neverland - A Terra do Nunca, que o menino bizarro construiu para
brincar, solitário.



***



Michael...

Já está bom. Acabou o show! A gente já se divertiu bastante e dançou
na lua contigo (9)!

Pena que você não conheceu nosso verdadeiro Pai ainda nessa vida. Era
Ele quem se expressava quando você cantava sendo um menininho ainda
negro: "You and I must make a pact. We must bring salvation back.
Where there is love, I´ll be there!"

Mas Ele, meu Pai, conhece você! E sabe do que você é feito, apesar das
máscaras todas com as quais se vestiu!

Agora... Just call his Name, He'll be there...

Vai, menino doente. Vai conhecer o Pai que você nunca teve!

Vai, moço rico e carente... Não há mais dor no colo do Amor! E Ele não
vai te jogar fora por uma janela do céu, nem mesmo de brincadeira!

Quiçá a gente vai se encontrar em eternos cenários sem encenações,
onde a Verdade reina de cara exposta!

A gente logo vai se ver em "Everland - A Terra do Sempre!", a Casa de
meu Pai, que tem muitas moradas... E lugar para você também!



Afinal, ninguém será condenado à "terra do eterno-nunca" só porque foi
o mais famoso dos moribundos dessa geração tão esquisita quanto seu
ídolo!

_______________

(1) Gênesis 3

(2) João 17

(3) João 14

(4) II Carta aos Coríntios, capítulo 5. 18-21 (mas é bem
melhor ler desde o começo do capítulo)

(5) Romanos 5.8 (mas é bem melhor ler Romanos 5 todo!)

(6) João 17.26 (mas é melhor ler a oração inteira!)

(7) I Carta de Pedro 2.24; Romanos 6.4-5; Colossenses 2.12;
II Coríntios 5.14 e mais um monte...

(8) I João 5.19; II Timóteo 3.1; João 14.30

(9) Quando eu era menino, aprendi os passos chamados "Moon
Walk", que Michael Jackson ensinou toda a minha geração a dançar





Marcelo Quintela

Santos/SP

A Ovelha Vestida de Lobo!

Tudo nele cheira a falso profeta. O seu chame faz lembrar os antigos líderes de seitas norte americanas que arrastavam em massa, para a vida e para a morte, os seus seguidores extasiados. A sua postura em relação às instituições estabelecida não difere em nada dos autodenominados profetas que diziam que as denominações do cristianismo estavam corrompidas.

Alguns daqueles que a ele se ajuntam dizem estar cansados da hipocrisia e do legalismo dos evangélicos. Entretanto a missão e a proposta de reviver a pureza da igreja primitiva sempre foi “prerrogativa” das seitas emergentes. Ele não tem a nobreza de Moises, que recusou que a partir dele fosse criado um novo povo de Deus, mas ele está hoje para os crentes assim como Lutero estava para os católicos no passado.

Nele mesmo e em quem o ouve existe a impressão tangível de uma iluminação sem precedentes na historia do protestantismo. A elegância fascinante do seu articular e arrazoamento, e o frescor do novo libertador que brota de suas palavras, nos levam a ponderar se estamos em presença do mais esclarecido emissário de Deus, ou diante do mais sofisticado e charmoso falso profeta da historia.

Para completar o quadro na sua cosmovisão, existe a percepção e sensação escatológica de fim dos tempos e uma sutil síndrome de perseguição aos cristãos nominais. Quem com ele caminha sente um pouco da tensão apocalíptica que permeava os grupos de homens que na loucura de sua heresia chegaram até a determinar os tempos e datas da volta de Jesus.

Apesar de nenhum homem fazer historia, pois é a historia que faz o homem, ele é um enviado dos céus, para o bem ou para o mal, para o juízo ou para libertação. Todo grande homem revolucionário surge pelo anseio e necessidade do povo, num momento de contingência e crise que serve para evolução de uma sociedade ou civilização; mesmo que humanamente a mensagem que esse homem traga seja apenas mais um produto, como novidade a ser consumida.

A igreja evangélica vacilou demais, criou pela sua intransigência uma critica poderosa contra si mesma. E cá estamos com este homem que apesar da sua contradição de não querer instituir se torna uma nova subdivisão no cristianismo. Apesar de a aparência dele sugestionar a idéia de ser um falso profeta ele é paradoxalmente uma ovelha disfarçada na capa de um lobo sedutor.

Como tudo que Deus usa para comunicar a sua Palavra é apenas um veiculo de transmissão, com todas as propriedades inerentes de insuficiência, contradição e equívocos humanos, quer sejam instituições, homens, escrituras ou sermões, sem duvida nenhuma ele, com toda a sua insígnia de apóstata, é uma Cidade de Refugio para os marginalizados pela exclusão sócio-espiritual que a igreja faz de gente boa, mas que nela não se encaixa. E, sobretudo, ele é uma voz profética aos evangélicos moralista desta nação de show gospel e pregação motivacional, enquanto gera o povo mais sem noção desta terra.





Nele, que não nos deixou sem o Caio,



Com carinho sincero ao Caio Fabio e aos Evangélicos



Esdras Gregório



(autor do livro “a arte dos sofistas na pregação pentecostal” editora Jeová Nissi, RJ 2008)

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Resposta:



Querido Esdras: Graça e Paz!



Conquanto a carta seja sobre mim e não a mim, tomei a liberdade de respondê-la a você, visto que senti o seu carinho.

Que eu não tenho a dignidade de Moisés e de nenhum deles, é fato mais que real, mas não é porque Moisés não tenha querido fazer nascer um povo, e eu supostamente sim, pois, de fato, não crio nenhum povo, e nem tampouco o organizo para nada, visto que o povo hoje é espalhado e supra-étnico, e quem o reúne não é um homem, e nem tampouco a “igreja”; pois o único poder que pode de fato reunir os filhos de Deus que andam dispersos é a Cruz de Jesus.

Assim, apenas tento me manter fixo na Cruz, com alegria; pois é da Cruz que grito aos que queiram ouvir, embora apenas diga: “Venham! Aqui é o Refúgio!”

Também peço a Deus que me livre de criar subdivisão de qualquer coisa. Especialmente do Cristianismo.

Não estou aqui para dividir, mas para reunir os que amam o Evangelho, clamando a todos que se ajuntem sob e à volta da Cruz.

O que me impressiona é o fato de que o fenômeno que apareceu 300 anos depois de Jesus, o Cristianismo, tenha se tornado na referencia das referencias; posto que eu, ignorando o Cristianismo, busco a simplicidade da fé conforme “os do Caminho” no livro de Atos e conforme o modo existencialmente “hebreu” da proposta de Jesus, mas, mesmo assim, para alguns, a minha viagem regressiva deveria no máximo ir até 300 anos antes de chegar ao seu berço histórico verdadeiro, Jesus. Assim, para alguns, até a minha vontade de voltar e deitar na manjedoura da Graça deve parar antes na viagem de volta, visto que Constantino se tornou a referencia... Sim, parece que se tem a permissão para ir até o Cristianismo de Constantino... Mas não se deve passar daí até a vereda simples do Evangelho sem poder humano...

Voltando ao que eu supostamente estaria criando...

Ora, é possível fazer subdivisão do Cristianismo, mas não é possível fazer subdivisão do verdadeiro povo de Deus.

Sim, o povo de Deus é indivisível, e ele não se restringe ao Cristianismo, embora exista também dentro do ambiente do Cristianismo. Entretanto, ainda assim não se está falando do ideal a ser buscado, o qual nada tem a ver com o Cristianismo. O lugar do povo de Deus é na Igreja e não no Cristianismo. Pode haver cristãos no Cristianismo, mas não deve haver uma gota de Cristianismo no verdadeiro cristão, visto que o cristão deve ser como Cristo, mas jamais como o Cristianismo, posto que o Cristianismo seja um filho de proveta do Imperador Constantino.

É por isto que eu jamais buscaria fazer e me tornar uma subdivisão do Cristianismo.

Portanto, minha viagem no tempo não pára no Cristianismo!...

Afinal, quero deitar no berço do amor, não na cama do Imperador!

Meu mundo apenas “roda” entre a manjedoura e a elevação do Rei ao Trono eterno após a Ressurreição.

Constantino, no entanto, é um constantino... É uma constância insistente..., um zumbi que não morre nunca...

Desse modo, mesmo querendo viajar para o lugar primitivo da simplicidade do Evangelho, tentam parar-me pela interpretação que julga que ... a)...estou criando um povo; b)...estou criando uma subdivisão do Cristianismo; o que é pior do que botar remendo de pano novo em vestes velhas, ou ainda vinho novo em odres velhos.

Na realidade não tenho a intenção de criar nada, pois, de fato, creio que tudo o que se busca criar em nome de Deus já nasce fracassado...

Quem cria é Deus. E cria pela Palavra do Seu poder.

Eu apenas prego. Mas não olho para frente e vejo um povo, um movimento, um grande poder humano, uma grande influencia na Terra...

Não! Não vejo nada além dos que vejo agora, bem diante de mim... Vejo hoje. Vejo agora. Hoje me basta.

Para o futuro, tudo o que vejo no mundo é a morte da fé e a luta indômita de todos os que desejarem se manter em Jesus e no amor de Deus.

No entanto, meu mano, não dá para dizer que sofro de Síndrome de Perseguição aos Cristãos nominais... Primeiro porque eu não “sofro”... De fato, sofro mesmo, mas não é de síndrome persecutória... E por que sofro? Ora, sofro porque amo. Amo a toda gente deste mundo. Por isto, pergunto: Como não amaria o povo humano em meio ao qual nasci e que é todo ele cristão?

Não é fácil amar tanta gente e viver em freqüente antagonismo contra muitas práticas dessas mesmas pessoas exatamente por amá-las.

O que eu ganho buscando tal enfrentamento?

Sim, se não creio que acontecerá nada além do que está acontecendo com pessoas hoje, mas sem grandes viradas históricas massivas!?...

Tudo o que não sou é paranóico. Se fosse teria ficado mesmo... Rsrsrs. Mas é porque não sou paranóico que não valorizo as agressões que recebo, as quais agora estão virando até “paranóia minha”... Sim, justamente apenas porque os que antes faziam ostensivamente a perseguição agora temem fazê-la, pois, antes, me julgavam morto e sozinho, e hoje me pensam vivo e muito bem acompanhado...

Então, agora, a coisa está assim:... virando “sutil paranóia” minha...

Acho tudo muito engraçado!...

Alguém pode negar que antes os evangélicos me “amavam”?...

Alguém pode negar que meu único agravo aos evangélicos tenha sido apenas o que decidi acerca de minha própria existência, não importando se estava certo ou errado?

Alguém pode negar que fui considerado morto e que como tal fui tratado, sem que ninguém perguntasse se eu ainda vivia?

Alguém pode negar o fato de que em tais circunstancias minha melhor ajuda aos evangélicos seja ser exatamente o que para eles eu me tornei?

A história é a seguinte:

Você está morrendo... Mas eles batem em você até a morte. Então, como você não morre e nem fica “caído” no chão..., mas levanta e parte para cima dos agressores... indagando acerca de tal loucura... , sendo eles frouxos, correm...; e, por isto, você se torne o agressivo aos olhos dos mesmos que viram você caído na estrada, ferido de morte, e nada fizeram...

Desse modo, em tal meio, você se torna culpado até de ter sobrevivido muito bem em Deus!

Sim, se você passa adiante... e segue seu caminho, mas não deseja mais a companhia deles... mais adiante escrevem a você e dizem que você sofre de uma “sutil síndrome de perseguição”... ou que você está amargurado... Amargurado eu estive, mas não hoje... Mas quando eu estava amargurado eles nem notavam, pois estavam ocupados demais tentando me matar de vez...

Ora, hoje, quando me acusam de qualquer coisa, sinto muita misericórdia do engano auto-imposto..., em razão do qual algumas pessoas têm a coragem de me acusar sei lá do quê.

Eu não persigo os evangélicos...

Afinal, que poder teria eu para efetivamente fazer isto mesmo que desejasse?... [e nunca foi e nem será o caso!]

Não! Não é nada disso!...

Afinal, apenas sigo pregando o Evangelho...

Todavia, pergunto: será que a tal perseguição minha aos evangélicos não seria apenas a entregação dos próprios evangélicos acerca do fato que o Evangelho se lhes tornou antagônico?

Quanto à ovelha vestida de lobo, creio que seja apenas o vício religioso de ver lobo nas aparências e de ver ovelhas nas aparências...

Eu não vejo nada assim...

Vejo como Jesus mandou que víssemos..., não importando a cara, o cabelo, a imagem, o lugar, o modo, o jeito, as palavras, os sinais de milagres, profecias, curas, prodígios ou a ausência deles!

“João Batista nunca fez nenhum sinal, mas tudo quanto disse acerca de Jesus era verdade!”

Portanto, vejo apenas o conteúdo, o fruto.

Jesus disse que era apenas pelo fruto da vida, do amor, da paz, da graça, da misericórdia, da sinceridade com Deus e com a Palavra, que se poderia ver, discernir e provar o fruto da existência de um homem.

A usar o critério das aparências como chamaríamos Elias e João Batista? De lobos vestidos de peles de cabras? Ou de ovelhas vestidas de cabras?

Mano, eu sei que você escreveu com todo amor deste mundo, mas precisava dizer a você que sou muito menos do que você imagina, e que minhas intenções nem existem como intenções, pois, minha confiança no Senhor é tanta que não planejo nada... Não uso nenhum sentido de posicionamento estratégico, não tenho nenhuma agenda oculta ou sonho grandioso.

Quanto ao sentido escatológico do tencionemento que você detecta em minha existência, peço ao Senhor que jamais o deixe morrer em mim, pois, no dia em que acontecer tudo morrerá em meu ser.

Andar com Jesus é um caminho de expectação escatológico/existencial todos os dias...

Quem não carrega esse surto de expectativa e de significação em sua existência histórica, existirá sem saber o que seja de fato andar com Jesus estando no mundo sem ser do mundo.

Agora pense:

Se você olha para essa porcariazinha aqui que sou eu, e vê essas coisas grandiosas que você viu, ou mesmo as “contraditórias” que você mencionou — como cara de lobo em natureza real de ovelha —, o que você acha que Jesus suscitou nos dias Dele?

“Este menino será objeto de contradição, a fim de que se manifestem os pensamentos ocultos de muitos corações” — decretou Simeão.

Se eu me tornar apenas um chaveirinho dessa contradição já me sentirei galardoado pelo simples fato de assim poder viver e significar as coisas aos sentidos do mundo.

O fato é que sinto que os cristãos ficaram tão pedrados pelo culto moral à imagem e pela estética da “santificação religiosa” [bem à moda dos fariseus], que, hoje, eu poderia dizer tudo o que digo, sem perseguições, se apenas algumas coisas fossem feitas por mim..., a saber:

1ª – me tornar membro de um conselho de pastores;

2ª aceitar pregar em eventos de “líderes”, dizendo sempre: “Nós”, “nosso povo”, “nosso lado”, “nosso crescimento”, “nossos interesses”...;

3ª cortar o cabelo, a barba, vestir gravata, falar de modo a carregar o sotaque do gueto, e, sobretudo, exaltar o fato de que “se está crescendo é porque está bem”...

Pronto! Basta fazer isto e tudo volta a ser como dantes no Quartel de Abrantes...

Entretanto..., digo que enquanto os evangélicos ficam buscando sinais de lobos em roupas, cabelos, barbas, ou formas pessoais de personalidade não clonada pela “igreja” — os verdadeiros lobos botam paletó e gravata, arrumam o cabelo com gel, botam um anel de bispo no dedo, evocam um título qualquer, contratam “seguranças”, levantam dinheiro, organizam eventos, representam a “igreja” junto às autoridades, e falam em nome de Deus sob os améns do povo abençoadamente cego...

Quanto a mim, creia: sou apenas uma ovelha com cara de homem!

Receba meu amor e meu carinho; e mais: meu desejo de poder conhecer você em breve.

Achei o título do seu livro muito sugestivo e gostaria de lê-lo. Como posso encontrá-lo?





Nele, em Quem somos apenas quem Ele nos designou para ser, isso se nosso coração não tiver medo de ser,





Caio

1 de julho de 2009

Manaus

AM

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